A viagem de trem

Certo dia, no ano passado,conversávamos em casa sobre questões da vida até que em algum momento, fiz um comparação da vida com uma viagem de trem. A outra pessoa presente era o Shingo, e ele deve se lembrar desta ocasião. Ao falar da possibilidade de acidentes durante a viagem, um colega manifestou um medo terrível e incentivou o a mudança de assunto. Parecia que brincava mas podia ver o medo em seus olhos. Medo de que?

De lá para cá, até comentamos sobre o caso, mas pouco acabava se falando sobre o tema, até uma amiga me enviar um e-mail de autor desconhecido, mas que relata exatamente o que tentei transmitir naquele sábado de 2006.

Reenviado do Reenviado

Há um tempo atrás, li um livro q comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.

Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques, e grandes tristezas em outros.

Qdo nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível... mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós embarquem.

Chegam nosos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam o seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

Curioso é constatar que alguns passageiros que nos serão tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles...só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.

Eu fico pensando se quando eu descer desse trem sentirei saudades... acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram...e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem

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